Arte Contemporânea

Exposições de maio na CAL

As obras refletem sobre o humano, o efêmero e a solidão

A exposição A palavra não é diferente do rugido de uma fera  da artista mineira radicada em Brasília, Renata Rinaldi, em cartaz  na galeria CAL, tem o mundo animal como protagonista.

Os conceitos de animalidade/humanidade, o olhar animal, a relação com a morte, o inquietante e o fantástico são explorados na instalação que tem nos desenhos seu ponto alto.

As imagens vão desde lobos que assustam  a lebres que convidam à brincadeira. Obras como Matrimônio evoca o conceito entre humanidade e animalidade, e todo o trajeto da mostra é assinalado por trabalhos de grande escala e outros muito delicados e sutis.

Mineira de Uberlândia, onde vivenciou a maior parte de suas experiências artísticas, Renata mora em Brasília. Apaixonada por narrativas de várias formas, ilustra, pinta,  faz performances, cria livros-objetos, zines e desenhos. 

Cetim - A  exposição Cetim, da artista Alessandra Cunha, que ocupa a  galeria Acervo (2º andar),  é composta por uma série de treze pinturas  acrílica produzidas sobre cetim branco tingido com inserção de objetos costurados.  Nas obras, intervalos particulares em paisagens abstratas destacadas em círculos refletem sobre a ausência do homem no mundo, sobre o seu desligamento do mundo real, apesar de conectado a todos os tipos de informação.

Reduzido a si mesmo, interagindo mais com aparelhos eletrônicos do que com seres humanos, Cetim mostra o homem contemporâneo limitado  na sua função de passageiro, de consumidor, experimentando uma forma particular de “solidão”.

Formada pela Universidade Federal de Uberlândia (MG), cidade onde reside, Alessandra Cunha pesquisa artes urbanas e trabalha especialmente com sticker arte e posters. Também desenvolve ampla pesquisa com gravuras e pinturas contemporâneas, o que resultou em mais de 90 exposições no Brasil e no exterior.

Fluxo - Anatomia de um fluxo,  na galeria de Bolso da CAL, é a primeira videoinstalação de Morenu, artista colombiano radicado em Brasília,  que, até 2014, se  dedicava  principalmente à pintura, escultura e fotografia.

O trabalho, que tem duração de dois  minutos e cinquenta e sete segundos, mostra o fluxo contínuo de bolhas de água mineral, fotografadas com lente macro em ambiente obscuro, com fonte de luz intensa, colocada verticalmente sobre um copo de vidro.

A experiência multimídia, na qual bolhas que se movimentam ora lenta, ora freneticamente, se integram a diversos sons da natureza e da vida cotidiana, aborda a poética da efemeridade, presente em boa parte do mundo contemporâneo em constante evolução.

Gustavo Rincón Moreno nasceu em Cali (Colômbia), mas reside no Brasil desde 1997. Amante das artes e da medicina, Morenu   também é  cirurgião plástico.  Em suas andanças pelo mundo como médico, aproveitou o tempo livre para estudar e pesquisar arte,  e se dedicar principalmente à pintura, escultura e fotografia.

Serviço
Exposições Cetim, A palavra não é diferente do rugido de uma fera e Anatomia de um fluxo
Abertura: dia 11 de maio de  2016 (quarta-feira), às 19h
Local: Galerias da Casa da Cultura da América Latina (CAL)
SCS Quadra 4, Edifício Anápolis. Telefone 61 33215811
Visitação: até 10 de junho de 2016, todos os dias, das 9h às 19h

Entrada franca
Classificação indicativa: livre

Brasília, 13 de maio de 2016
Núcleo de Comunicação Social da CAL