Afrolatinidades

Começou nessa segunda-feira(25) a nona edição do Latinidades – Festival da Mulher Afro-latino-americana e Caribenha. O evento surgiu em 2008 com a proposta de celebrar o dia 25 de julho, como uma espécie de 8 de março da mulher negra. O evento abriu um espaço importante para o debate e valorização da cultura afro no DF, tornando-se um dos maiores dentro dessa temática.

Tendo se consolidado como o maior festival de mulheres negras da América Latina, o festival além dos debates traz oficinas, rodas de conversa, shows musicais, intervenções poéticas e teatrais, literatura, moda, culinária, feira de afro-negócios, artes visuais e cinema.

Foto da edição de 2015

Nessa edição o tema central é a Comunicação, que irá discutir a luta contra o racismo, seja nos meios tradicionais, públicos, alternativos ou independentes. O debate passará pelo marketing, jornalismo e redes sociais.  O estímulo do crescimento das mídias negras junto com uma maior produção intelectual de negras e negros também dará forma à programação formativa.

Ao eleger a comunicação como tema central da próxima edição do Festival Latinidades, o objetivo é se apropriar de quantas ferramentas e espaços midiáticos sejam possíveis: dos grandes e tradicionais meios de comunicação aos independentes; da tradição oral; da tv e do rádio ao carro de som e das redes sociais atuais ao fanzine, sem desconsiderar o famoso correio-nagô, o boca-a-boca/buxixo.

Rico Dalasam. Foto: Henrique Grandi.

Além da importância da representação de uma diversidade de estéticas e narrativas nos meios de comunicação, a edição 2016 pretende dar visibilidade para a produção intelectual em torno da comunicação afrocentrada. Em suma: produzir e veicular conteúdos; destacar cases de mídias negras e potencializar trocas entre redes de comunicação e marketing.

O tema de 2016 foi escolhido a partir do entendimento de que a sociedade e o Estado brasileiro tem uma grande dívida histórica no que diz respeito ao fortalecimento e valorização da história e cultura negra e suas manifestações tradicionais, no campo e na cidade.

Programação completa:

Dia 25 de julho, segunda-feira
19h – Sessão de cinema no Cine Brasília.

Dia 26 de julho, terça-feira
17h30 – Terça Afro – Territórios de Afetos (debate)
19h30 – Mesa de abertura – Democratização da comunicação
Com Luciana Barreto (RJ), Juliana Cézar Nunes (DF), Valéria Almeida (SP) e, como debatedor, Dom Filó (RJ).

Dia 27 de julho, quarta-feira
10h – Mesa 01 – Vozes da perifa: comunicação insurgente; comunicação e resistência.
Com Thamyra Thâmara (RJ), Thabata Lorena (DF), Maíra Azevedo (BA) e, como debatedora, Priscila Rodrigues (RJ).
14h – Cine Afrolatinas
KBELA, de Yasmin Thayná (duração: 23 min)
DANDARAS: a força da mulher quilombola, de Ana Carolina Fernandes e Amaralina Fernandes (duração: 31 min).
15h – Mesa 02 – Estética como estratégia política
Com Denise Ferreira da Costa Cruz (DF), Aretha Sadick (SP), Hendi Pontiac (África do Sul) e, como debatedora, Djamila Ribeiro (SP).
17h – Oficina – Terapia Escrita – Mulher Negra: do Substantivo ao Subjetivo
Com Jarid Arraes
17h – Oficina – Pajelanças Mocambólicas de Comunicação – Sistema Baobáxia
Com Casa de Cultura Tainã, Ocupação Cultural Mercado Sul Vive! e Rede Mocambos – com a presença de Mestre TC

Hope Clayburn.

Dia 28 de julho, quinta-feira
10h – Mesa 03 – Nós por nós: mídias negras em ação
Ana Flávia Magalhães Pinto (SP), Larissa Santiago (BA), Sueli Carneiro (SP) e, como debatedora, Angelica Basthi (RJ)
14h – Cine Afrolatinas
NEGROS: A docu-series about Latino identity (Uma docu-série sobre a identidade de Latinos/as), de Dash Harris (duração: 32 minutos)
15h – Mesa 04 – Arte e protesto
Renata Felinto (SP), Eliane Dias (SP), Jarid Arraes (SP) e, como debatedora: Sueide Kintê (BA)
17h – Oficina – Print: Materializando zines
Por: Bianca Novais e Flora Egécia (Estúdio Cajuína)

Dia 29 de julho, sexta-feira
10h – Mesa 05 – Educomunicação e combate ao racismo
Jean Yves Bassangna (Camarões), Denise Teófilo (SP), Sátira Pereira Machado (RS)
Debatedora: Fernanda Luiza Duarte (DF)
14h – Cine Afrolatinas
Jornalista Preta de gênero e cor, de Mariana Alves Tavares (duração: 26 min)
A escrita do seu corpo, de Camila de Morais (duração: 14 min)
Òrun Àiyé: a criação do mundo, de Cintia Maria e Jamile Coelho. (duração: 12 min)
15h – Mesa 06 – Inventividades e afroempreendedorismo
Kizzy Fernanda Terra Ferreira dos Reis (RJ), Monique Evelle (BA), Silvana Bahia (RJ).
Debatedora: Adriana Barbosa (SP).
17h – Oficina – Oficina de Cordel
Com Jarid Arraes
19h30 – Conferência – Kimberlé Crenshaw (EUA)
Debatedora: Jurema Werneck (RJ)
22h – Festa Latinidades (único evento com ingresso pago no Festival)
com Tati Quebra Barraco

MC Soffia, Foto: Renata Rodrigues

Dia 30 de julho, sábado
11h às 21h – Feira Latinidades
10h às 17h – Espaço Infantil
14h – Espaço Infantil: Erês! Roda de conversa infanto-juvenil
Gustavo Gomes (SP), MC Soffia (SP), Pedro Henrique Cortês (SP) e Renata Morais (RJ)
15h30 às 17h – Oficina – Confecção e customização de fantasias infantis
Com Ednilson Catanhede, Renata Morais e Elis Catanhede (RJ)
16h às 17h – Oficina – Turbantes
Com Juliana Yemisi Luna (SP)

Shows Latinidades
(área Externa do Museu Nacional)
19h30 – Arielly
20h10 – Donas da Rima (DF)
20h50 – MC Soffia (SP)
21h30 – Beth D’Oxum e Coco de Umbigada
22h20 – Rico Dalasam
23h10 – Dream Team do Passinho (RJ) (foto no alto da página)
00h – Okwei V Odili (Nigéria)
01h – Hope Clayburn (EUA)

Dia 31 de julho, domingo
11h às 21h – Feira Latinidades
14h às 15h30 – Slam A CoisaTá Preta! (batalha de poesia)
Com Tati Nascimento e Meimei Bastos (DF)
14h às 17h – Espaço Literário
14h30 às 16h – Oficina – Maquiagem para pele negra – Projeto Negras do Brasil
Com DaMata Makeup (SP)
15h às 18h – Espaço Infantil: Bailinho à fantasia
Com Crespinhos SA (RJ)
14h às 20h30 – Oficina – Vivência de Percussão, Dança, Canto e História Tradicionais da cultura Yorùbá
Com Ìdòwú Akínrúlí (Nigéria)
14h às 17h – Parte I – Percussão
17h30 às 20h30 – Parte II – Dança

Fonte: Site do festival Afrolatinidades e Metropoles

Brasília, 26 de julho de 2016
Núcleo de Comunicação Social da CAL