Transbordando cerrado
O CineCAL, em abril, exibe filmes produzidos no Centro-Oeste, ou que falam sobre a região
O cerrado brasileiro, considerado a mais rica savana do mundo em biodiversidade, é composto por uma variedade de plantas, paisagens e animais. Para mostrar um pouco da história, da cultura e dos mistérios de lugares encravados nesse espaço geográfico, como Goiás e o Distrito Federal, o Cinema da Casa da Cultura da América Latina (CineCAL) exibe, em abril, filmes realizados por cineastas da região, ou que falam de temas relacionados ao lugar. Transbordando cerrado conta com onze filmes, entre curtas e longas, sobre quilombos, cidades históricas, música, sotaques, personagens e fatos curiosos.
Dia 04 de abril (terça-feira)
Quilombo (Brasil). Direção de Vladimir Carvalho, 1975, 23 min. Documentário realizado no município de Luziânia (GO), apresentando uma comunidade negra, remanescente do antigo quilombo, que vive da lavoura e do fabrico rudimentar de doce de marmelo, situada nas cercanias de Brasília. Classificação: livre

Vila Boa de Goyaz (Brasil). Direção de Vladimir Carvalho, 1974, 14 min. Narrado por figuras típicas locais: uma poetisa, uma pintora e um mestre de um auto popular, é um ensaio sobre o barroco goiano representado pela antiga capital de Goiás, que, apesar da desfiguração, ainda conserva muito do estilo colonial, tanto na arquitetura de seu casario e velhas igrejas como nos hábitos e costumes de sua gente. Classificação: livre
Fala Brasília (Brasil). Direção de Nelson Pereira dos Santos, 1966, 14 min. Os diferentes acentos de alguns habitantes da cidade de Brasília. Os entrevistados são naturais de vários Estados brasileiros. Cinco deles, um de cada região geográfica do país, falam de sua participação no filme. Classificação: livre
Dia 06 de abril (quinta-feira)
Hollywood no cerrado (Brasil). Direção de Tania Montoro e Armando Bulcão, 2009, 85 min. O filme articula narrativas, personagens, depoimentos e registros iconográficos e sonoros, para contar, na forma de um “almanaque audiovisual” bem-humorado, casos poucos conhecidos de uma época admirável de aventuras e eventos extraordinários, anteriores à transferência da capital do Brasil para o Planalto Central. Classificação: 16 anos
Dia 11 de abril (terça-feira)
A cidade é uma só? (Brasil). Direção de Adirley Queiros, 2013, 73 min. Os personagens principais da história são Brasília; Nancy, que narra um passado que se repete desde a origem da capital: a especulação territorial/imobiliária; Dandara, que mora em Águas Lindas (GO) e tem o sonho de mudar para o Plano Piloto; candidato a deputado distrital, Dildu mora em Ceilândia e vive a expectativa do resultado das eleições, contando sempre com o apoio de um ex-rapper, que agora é marqueteiro político e Zé Antônio vende lotes irregulares nas periferias do Distrito Federal. Classificação: 10 anos

13 de abril (quinta-feira)
Cassia Eller (Brasil). Direção de Paulo Henrique Fontenelle, 2015, 120 min. Uma poderosa força inquieta no palco, a timidez em pessoa fora dele. Um dos grandes nomes da música brasileira, Cássia Eller, marcou a década de 1990 e chocou o país com sua morte precoce, em 2001. Um filme sobre a cantora, a mãe, a mulher que expôs sua vida pessoal e rompeu barreiras, deixando um belo legado social e artístico. Classificação: 12 anos
Dia 18 de abril ( terça-feira)
Índia, a filha do Sol (Brasil). Direção de Fabio Barreto, 1982, 94 min. Em Goiás, um cabo do Exército é encarregado de resolver determinadas irregularidades em um garimpo. Uma índia da região, Put'Koi (Glória Pires), se apaixona por ele, mas um trágico destino a aguarda, pois o cabo pretende ficar com várias pedras preciosas só para si. Classificação: 16 anos
Dia 20 de abril (quinta-feira)
Sob o signo da poesia (Brasil). Direção de Neto Borges, 2011, 70 min. O filme traz versos declamados em feixes de luz dando forma à história lírica de Brasília, desde quando nossos ancestrais indígenas habitavam essas terras de árvores retorcidas. O filme rima música com chuva e com seca do cerrado, e as cores do céu tiram os sentidos pra dançar e artistas contam história de movimentos culturais pela ocupação dos espaços públicos. Classificação: 12 anos
Dia 25 de abril (terça-feira)
Moacir – Arte bruta (Brasil). Direção de Walter Carvalho, 2006, 72 min. Moacir foi descoberto pelo cineasta, em uma de suas viagens pelo interior do Brasil. Negro, com problemas de audição, fala e formação óssea, o artista tinha 42 anos e desde os sete se expressa através de desenhos. Sua arte expressa sensualidade e erotismo, mesclando seres humanos, animais, plantas, figuras satânicas e místicas. Classificação: livre

Dia 27 de abril (terça-feira)
Rap, o canto da Ceilândia (Brasil). Direção de Adirley Queiros, 2005, 15 min. Diálogo com quatro consagrados artistas do Rap nacional: X, Jamaika, Marquim e Japão, todos moradores da Ceilândia. O filme mostra a trajetória desses integrantes no universo da música, fazendo um paralelo com a construção da cidade onde moram. Classificação: 10 anos
Cidades inventadas (Brasil). Direção de Renato Barbieri, 2010, 48 min. Salvador, Recife e Brasília: três capitais brasileiras criadas para fins geopolíticos de ocupação do território. Uma investigação sobre a criação urbana dessas cidades e o vertiginoso processo de urbanização do Brasil a partir de meados do século 20, tendo como graves efeitos os problemas sociais ligados à exclusão e à violência. Classificação: 14 anos
Entrada franca
Local: Auditório Gonzaguinha (térreo) da Casa da Cultura da América Latina da UnB (CAL)
SCS Quadra 4, Edifício Anápolis. Telefone: 3321.5811
Hora: 12h e 15h
Realização: CAL/DEX/UnB
Brasília, 30 de março de 2017








